RODA DE CAPOEIRA
“Era uma sexta-feira, sexta é dia de roda, a roda de Capoeira”. Primeira sexta do mês, e logo no dia 1º, para receber março com muito axé! A vadiação, comandada pelo nosso Contra-Mestre Formigão, contou com a presença dos alunos do grupo Semente do Jogo de Angola e dos camarados Contra-Mestre Cenourinha, Dá Lua, Womualy, do pessoal do grupo Massapê Capoeira, e da galera que foi chegando para ver a roda e para construir mais um Sarau da Madrugada com a gente.
Alfaia, chimbal, cajón, pedestais, baixo, violão, amplificadores... O show estava armado, completo. Mas, completo mesmo era o quinteto que vinha colocar tudo isso para funcionar. Banda Poema Novo, e o prazer é todo nosso. Abriram a apresentação com ‘Árvore dos Olhos’ e, em ‘Espelho’, já tinha gente dançando. O ritmo forte da percussão de Alexandre Navarro, do violão de Adriano Nogueira, do baixo de Fernando Correa, e as vozes de Neide Nell e Alexandre Mello faziam parecer estranho quem estava parado. Aí veio ‘Caroço no Angu’, sobre um cabra que “prometeu casamento e não casou, e o angu ficou cheio de caroço”. Paulo Henrique, que já está mais do que em casa no Semente, se apresentou e pediu para tocar o triângulo. “Ô, Paulo, já tá aí?”, no Sarau da Madrugada é assim mesmo e não muda nada.
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Neide Nell |
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Vibrações musicais |
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Dança, povo!!! |
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"E o Paulo, Já tá ae???" |
E o Poema Novo tocou fogo de vez na galera, que pediu mais de um bis para prolongar aquele barulho bom. Antes de finalizar a primeira entrada, uma homenagem ao baixista Fernando Correa que, além de ser cantor, também era um dos aniversariantes do dia. Eis que a Neide Nell entoa um ‘Happy birthday to you’, com uma voz sexy. Uma espécie de Marilyn Monroe, num visual muito mais interessante.
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Fernando Correa - baixista, cantor e aniversariante |
Na segunda entrada da banda, não foi diferente. O povo ferveu de novo e chegou ao ápice com a proposta do Alexandre: o ‘Bedengó’. Formada a roda e dadas as instruções, a dança evoluiu. “Ê, ê, é o bedengó”! Nas fotos vai dar para ver um pouco, mas proponho que acessem o perfil Poema Novo Oficial para acompanhar as atividades do grupo e ver ao vivo o belo show que o Sarau da Madrugada viu.
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Alexandre dá as coordenadas do Bedengó |
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Bedengó |
Cristina Bosch
A próxima convidada especial a se apresentar no sarau era Cristina Bosch, que formou dupla com Nayla Carvalho para mostrar suas composições. “Filhas da casa”, com disse Alan Zas. Antes de começar, a Cris explicou que é professora de percussão e que a Nayla era quem manjava do violão, mas os papéis foram invertidos para fazer aquela brincadeira, que começou com uma homenagem ao Mestre João Pequeno. O refrão dizia: “homem valente é aquele que tem muitos amigos”. Frase do Mestre, que partiu, mas se mantém vivo em cada ensinamento deixado.
Na sequência, ‘Tantos’. Um reggae delicioso. A babilônia cantada pela voz macia e tranquila da Cris. “São tantos seres, tantos sonhos se cruzando”. Para fechar, ´Água da fonte do cano’, e a “desinversão” de papéis. A Cris assumiu o pandeiro, e a Nayla, o violão. A dupla mandou um samba-rock swingado e cantoria terminou lá no alto, acompanhada pelas palmas, que viraram aplausos.
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Nayla e Cris |
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'Tantos', por Nayla e Cris |
Mais tarde, as duas voltaram. Dessa vez, sem explicar nada. Foi no olhar que o público entendeu que deveria acompanhá-las na percussão corporal. Estabelecido o baião, com tapas no peito, estalar de dedos e palmas, entoaram ‘Chumbo de Vidro’, do grupo Comadre Fulozinha. Ainda usando apenas o corpo como instrumento, agora no ritmo do ijexá, fizeram ‘Candombá’, de autoria da Cris. Para encerrar a participação, uma música de Capoeira composta pela Nayla, com direito a imitação de berimbau, na percussão de boca. Tons de pele e tonalidades de voz misturados em uma sintonia perfeita.
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'Chumbo de Vidro' |
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Nayla e Cris |
Marília de Paula
Antes de a Marília completar a sequência de convidados especiais (que nem sempre se apresentam consecutivamente), a Helena Canto, filha da casa também, agradeceu a presença da amiga e do pessoal do Poema Novo. “Pessoas da zona oeste que agora estão vendo de perto o que eu vejo aqui e não consigo explicar”. O sarau é que ficou grato à Helena pelo presente. Grandes artistas!
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Max, Marília, Helena |
Max Shankman, que veio para acompanhar a Marília no violão, abriu a apresentação sozinho. Tocou a música de um amigo e confessou que já quase se apropriou dela, de tanto tocar: "praticamente roubei".
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(A canção furtada do amigo...) |
Logo depois, Marília cantou ‘Queijo suíço’, canção autoral com uma bela receita de como lidar com um coração cheio de buracos. A letra já era divertida, mas ficou ainda mais com a interpretação de Marília, que além de cantora, é atriz. Coisa fina, rapaz! Para fazer ‘Cai o chão’, a Marília assumiu o violão e o Max, com uma flauta hidráulica, um pandeiro e um apito de madeira, garantiu o clima circense da música. Nela, a interpretação também estava garantida, com Max seguindo os versos quase que ao pé da letra. Ao chão, ao alto, arrancando risos da platéia, e até da Marília.
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Max e Marília |
Microfone e espaço abertos
Com o clássico “eu não quero induzir ninguém”, Alan conduziu Paulo Henrique ao microfone. Quem não se lembra dele é porque não estava no 3º Sarau da Madrugada. Ele veio em outros, mas aquele foi especial. Dá uma olhada depois. Convocado, ele intimou o Alan também, para acompanhar com violão a leitura dos versos de ‘Homem não chora’, de Rolando Boldrin. Para resumir, o resultado foi um misto de palmas e lágrimas, de homens e mulheres.
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Paulo e Alan |
Depois do Paulo, veio a Andressa, para recitar ‘Socorro’. “É uma música, mas vou ler porque eu não sei cantar”, avisou. E fez bonito! Após ver sua filha de Capoeira se apresentar, o Alan também resolveu fazer a sua, e mandou ‘Paciência’, de Lenine.
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Andreza lendo "Socorro" (... Não estou sentindo nada...) |
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(...Um pouco mais de Paciência...) |
“Para não variar”, como ele mesmo disse, teve Rafael Emílio também. Esse menino está crescendo, o talento transbordando, a carreira decolando... Daqui a pouco a agenda de shows lota e rouba ele da gente, num sarau ou outro. Mas, até o momento, o sarau não sabe o que é acontecer sem sua presença. Para não variar também, canções próprias, do CD Mãe Natura. ‘Deaiá’, ‘Falado Assim’ e, a pedidos, ‘Toque de Índia’. Ainda teve Cazuza, com o Rafa no violão e Adaís Diótrefis no vocal!
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Rafael Emílio, pra não variar |
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Adaís e Rafael |
Uma pessoa que, se não aparece, faz falta é Wagner Felipe. Já veio como convidado especial e vem sempre que pode, para ajudar a construir o sarau. “Todo mundo tocando música romântica, vou fazer a minha”. E fez, e foi muito aplaudido.
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Wagner Felipe |
Tocando pela primeira vez na casa, Felipe Pedrosa! Com Djavan, Chico César, Fugees e o acompanhamento de João Pellegrini, no triângulo.
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Felipe Pedrosa |
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No triângulo, João Pellegrini |
Samba de Roda, Afoxé e o Café da manhã... em casa!
Festa em casa de Capoeira só vale se tiver samba de roda. Chegou mais tarde do que é de costume, mas com a força que todo mundo já conhece. Na bateria, Contra-Mestre Fábio Formigão com seu pandeiro, Calça-Preta Alan Zas no cavaquinho, Edmarcio (Perninha)), “zelador da Casa”, no atabaque e, no outro pandeiro, Letícia, amiga do pessoal do grupo.
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Samba de Roda |
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Samba de Roda |
O bom de fazer o samba mais tarde é que, depois de umas doses de água, fica todo mundo gaiato e cheio de coragem para entrar na roda! Sambaram de dupla, sambaram sozinhos, sambaram fora da roda e o, quando acabou, nada de trégua. “Aqui não tem esse negócio de cansaço, não. É até às 6h! Vamos de afoxé!”. O Calça-Preta mandou, a gente obedece! Até o último sobrevivente. Teve gente que dormiu lá mesmo, mas contar quem foi é deselegante.
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Chindalena no samba do Semente |
Sobrevivemos até de manhã, mas a pegada desse sarau foi forte. Depois da limpeza, faltaram forças para o tradicional café da manhã na padaria. Fica o desafio para o próximo, que já rola no dia 5 de abril. Nossos agradecimentos a quem participou, a quem se apresentou, a quem só assistiu, e, principalmente, ao Contra-Mestre Formigão, pelo espaço concedido e pelo axé garantido!
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Afoxé |
Até dia 5 de abril, notívagos! Lembrando que toda sexta-feira tem roda e samba, a partir das 20h30. Quem chega para somar está em casa.
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Simone e Thais (Abalou Cachoeira) |
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(... abalou, deixa abalar) |
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Helena e Kamila (... cadê Salomé, Adão?...) |
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(... Foi pra Ilha de Maré...) |
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(... Salomé foi vadiar...) |
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Edmarcio e Da Lua ( Oh sim, sim, sim...) |
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(... Oh não, não, não...) |
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Womualy e Cobra |
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jogo de dentro, Jogo de fora |
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Alan e Cobra |
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Helena, Alan e a chapa de costas |
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Alexandre Mello |
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Poema Novo |
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Max e Marília |
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Sintonia |
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Paulo Henrique, 'Homem não chora' |
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Atenção acomodada |
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Adaís canta Cazuza |
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Pessoal da Frida presente |
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Cris com Poema Novo |
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Dança, povo.... |
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"O trem corre é por cima da linha" |
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"Abre a roda, morena..." |
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Contra-Mestre Formigão |
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Não ia contar, mas saiu na foto |
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Neide, Perninha e Alexandre |