quarta-feira, 31 de julho de 2013

Sarau da Madrugada Junino (Arraiá do Semente)


O Sarau da Madrugada não dura a noite toda à toa e o Arraiá do Semente nunca precisou de fogueira para esquentar. Não é difícil imaginar no que deu a junção dos dois. Uma energia poderosa reinou no núcleo Aeroporto/Interlagos do grupo Semente do Jogo de Angola na primeira sexta-feira de junho. 


RODA DE CAPOEIRA

A noite começou com Roda de Capoeira, que, sob o comando do Contra-Mestre Formigão, recebeu camaradas muito especiais! Uns vindo de longe, uns que estão sempre junto, outros vindo pela primeira vez, e a energia era uma só.

Contra-Mestre Formigão e o Gunga comandam a Roda
Ferrán no pandeiro, a caráter 
Perninha e Moreninha saindo para o jogo

Iuri vadiando com o Contra-Mestre Cenorinha
Simone e C. M. Formigão
                         
'Adeus, Adeus', desviando das bandeirinhas


SAMBA DE RODA

Depois da Roda, o axé continuou forte, com o Samba de Roda. Bateria do Semente embalando o sapateado das meninas, mulheres, senhoras, meninos, homens e senhores. Quando a batucada esquenta, até quem jura que não vai sambar acaba quebrando a promessa, as barreiras e as cadeiras.

Helena Canto na roda

Dona Marli, mãe do Bibo e da Bruna Quesada

Amigos e irmãos do Sarau da Madrugada

Nayla, Alan, C.M. Formigão e Rafael


SARAU DA MADRUGADA


O Alan, Calça Preta do Semente e organizador do Sarau da Madrugada, abriu os trabalhos cantando 'O Tempo Não Para', e logo anunciou o primeiro convidado especial da noite: Bibo Quesada, poeta, organizador do Sarau do Vinil e presença constante no Sarau da Madrugada.


O Bibo, antes de começar, fez um agradecimento à família Quesada, presente em peso! "Se hoje eu tenho a ousadia de escrever, é porque ma família me apoia". 


Depois, mandou bala nos versos, abrindo logo com um poema sobre a redução da maioridade penal, para não quebrar a tradição: "o Alan sempre começa com assuntos polêmicos". E foi alimentando a todos com versos, deixando claro que estava "armado até os dentes" com palavras, e que só ia parar se pedissem.




O Marcos também mandou seus versos, recitando uma poesia sobre a "síndrome de Supla" e outra sobre malandragem.



Segundo convidado especial do sarau, a Cia Humbalada de Teatro entrou sem muito aviso. Alfaia, defumador, caxixi... E entoavam: "salve as senhorinhas da Sé!".



Durante a performance, brincaram com a Praça da Sé, cantaram uma música sobre o preço da condução e chamaram o pessoal para uma ciranda 



Com microfones abertos, novamente, a poeta Elizandra Souza também veio fazer a sua. Presença e enegria sempre fortes!



O Marcelo, de volta ao sarau, tocou composições próprias, acompanhado pela percussão do Alan



A Andressa leu um conto de um livro que conheceu ainda quando pequena, relatando uma situação cotidiana de racismo


Mal acabaram os aplausos para a Andressa, e o Leando Sequelle já fez soar as congas, Perninha bateu o  pandeiro, e Alan mandou 'Suíte dos Pescadores'.


 A dança foi consequência natural...



Depois de tocar fogo na galera, o Alan levou 'Berradêro' à capela, "para retomar a concentração". Quem assumiu foi o Marcelo (foto), com uma reflexção sobre o ensino público e outras coisas em situações precárias no Brasil



O Ferrugem, que cordena um espaço cultural no CEU Navegantes, recitou versos próprios sobre a região, 'Caboclo Suburbano'


Leandro Sequelle leu 'Aviso aos Navegantes', de Sérgio Vaz, fundador e coordenador do Sarau da Cooperifa


A após uma homenagem/introdução feita pelo Ferrugem, o Humbalada estava de volta, ao som de um funk, tornando visíveis profissionais "invisíveis"



"Qual a diferença entre ser invisível aqui, ou em outro lugar?"



O Samuel, que veio com o grupo Humbalada, mandou versos próprios


Tati, do Humbalada, voltou sem fantasia para recitar uma poesia


O Rafael Emílio, ainda com 100% de presença na lista de chamada do sarau, apresentou composições novas


O Wagner, de volta também, cantou com o Alan e depois fez uma própria, 'A História dos Homens'


Antes de assumir o microfone, seu Manolo foi "delicadamente" anunciado pelo Sequelle: "imagina que o Bibo saiu das partes desse homem...". O pai dos Quesada exaltou a arte na periferia, a felicidade em estar presente no sarau e o orgulho que sente da família, que ficou evidente na última poesia recitada: "de Gabriel Quesada", Bibo, para os menos íntimos


Felipe Pedrosa, que também já passou pelo "palco" do sarau, voltou para mostrar seu trabalho instrumental com violão


Fred Costa (Carioca), irmão de longas datas, assumiu o violão para mandar as suas também



A Andressa ainda voltou para ler uma poesia própria e, depois, o combo Sarau da Madrugada + Arraiá do Semente ficou completo, com show da Razallfaya. Se antes foi preciso uma "pausa" para retomar a concentração, bastaram apenas alguns acordes da banda para mandar a concentração às favas e forrozear! 


Daí para o café da manhã fica deselegante dar detalhes. Mais um Sarau da Madrugada, mais um Arraiá do Semente, com todo o axé de sempre. "Ou mais...".



VEJA MAIS FOTOS DA NOITE


Iuri no reco-reco

Iuri, Mariana Timbó, Rafael Andrade

Contra-Mestre Formigão e Calça Preta Alan

Perninha, na viola, de chapéu de palha

Simone desistiu do chapéu

Vitória e Ferrán

Vitória e Ferrán
Simone e Alan

Alan e a chapa perigosa

Ferrán e Alan

Contra-Mestre Cenorinha e Felipe

Contra-Mestre Cenorinha e Iuri



C. M. Formigão, Womualy e Rafael

Moreninha e Perninha

Felipe, Vitória e Ferrán

Cássio e Perninha

Marcos e Vinícius
Marcos e Vinícius
Helena e Womualy

Simone e Womualy

Perninha e C. M. Formigão

Perninha escapo da cabeçada do Contra-Mestre

Contra-Mestre Cenorinha

A umbigada

Andressa



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Elizandra Souza

Bruna Quesada

"Eu sou de Minas Gerais, bate na mão quem quiser vadiar"

Pai e filha - Gabriela Quesada e seu Manolo

Simone e Celso



O sarau é de sentar...
O sarau é de pular...

O sarau é de assistir....

No cardápio, comidas típicas, quentão, vinho quente e cerveja